Homenagem ao dia do Psicólogo pela ALE

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Luiz Castro homenageia os profissionais de Psicologia





O deputado estadual Luiz Castro (PPS) realizou Sessão Especial em homenagem ao Dia do Psicólogo, nesta segunda-feira (29), no plenário da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM). O evento reuniu profissionais de diversas áreas da psicologia, incluindo o Sindicato dos Psicólogos e o Conselho Regional da categoria, que aproveitaram para cobrar do Governo do Estado mais atenção a esta categoria.

Luiz Castro espera que o governo que possa abrir mais concursos públicos a esses profissionais. De acordo com ele, o psicólogo, cada vez mais, ocupa seu espaço nas políticas públicas de Saúde, Assistência Social e de Educação. “Hoje a homenagem destaca este papel, que foi comemorado no dia 27 de agosto em nível nacional, data conhecida com a regulamentação para a profissão do psicólogo, em 1964, por uma Lei Federal”, lembrou Castro.

O parlamentar observa que, cada vez mais, as pessoas vivem estressadas com as questões cotidianas e as mesmas influenciam no comportamento humano. “Precisamos de uma atuação mais ampla inter-setorial de psicólogos, assistente social, professores e pedagogos”, disse.

Várias autoridades que estavam presentes na homenagem discursaram sobre a importância do papel do psicólogo na sociedade, dentre os quais o presidente do Sindicato dos Psicólogos do Amazonas (Sindpsi-AM) e diretor da Federação Nacional dos Psicólogos do Amazonas (Fenapsi), Alberto Jorge, que destacou o baixo número de profissionais da Psicologia contratados pelo Estado. Ele lembrou que a Secretaria de Saúde do Amazonas (Susam) possui um quadro que reúne apenas 100 psicólogos para atender uma população de 2 milhões de habitantes. “O que se constata é a falta de vontade política de fazer acontecer a Psicologia na cidade Manaus”, lamentou Jorge.

Para o diretor a maior reivindicação da categoria é a inserção de psicólogos nas áreas de educação, saúde, esporte, comunitária, jurídica, entre outras. Jorge disse que já existem mais de 2 mil psicólogos inscritos no Conselho Regional de Psicologia (CRP). “Não adianta fazer campanha contra a violência, o racismo, homofobia, se o governo não tem políticas publicas para esses profissionais”, desabafou Alberto.

Mais concursos

O deputado estadual José Ricardo (PT) também defendeu que se tenha mais profissionais de Psicologia no mercado. Ele disse que é preciso mais concursos com muitas vagas, para suprir as necessidades da população. “Esse é o momento de festa, mas também de reivindicar políticas publicas”, declarou o parlamentar.

A deputada estadual Conceição Sampaio (PP), que também esteve presente na homenagem, deu ênfase para a importância e aplicação da Psicologia na sociedade. “Não adiante dizer que a família é a base da educação, sem oferecer a ela uma base psicológica dentro da sociedade”, comentou a parlamentar. Para Conceição o psicólogo é o protagonista desse trabalho.

O presidente da ALEAM, deputado Ricardo Nicolau (PRP), acatou a solicitação do Sindicato dos Psicólogos para realização de uma audiência publica, a fim de fazer um diagnóstico e buscar soluções para os profissionais da área.

Homenageados

Entre os homenageados na Sessão Especial estavam Edjar carneiro, psicólogo que trabalha com jovens em dependência química; Rosangela Dutra de Moraes, pesquisadora cientifica da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Jaqueline Marques, da Fazenda Esperança.










http://www.aleam.gov.br/ANMateria.asp?id=7336

O fechamento do Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro ou o boi no meio da sala?

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A lei 10.216, de 2001, do Dep. Paulo Delgado, que regulamenta a reforma psiquiátrica no Brasil, prevê o fechamento dos manicômios e em substituição propõe novos serviços assistenciais. Ou seja, a substituição das práticas manicomiais e hospitalocêntricas pelas  práticas territoriais e comunitárias,( isso não exclui o recurso à  internação mas o submete a uma lógica de monitoramento, que não faz  da internação o principal modelo de assistência);
A lei ainda propõe a pluralização de discursos, saberes e  práticas para além da psiquiatria estritamente medicalizante,  a multiprofissionalização na composição de equipes, sem prejuízo de  nenhuma das profissões que passaram a integrar o amplo espectro  técnico em saúde mental .
No Amazonas, dizer que a reforma psiquiátrica está atrasada já virou bordão, vamos lembrar mais uma vez o alerta do Ministério Público Federal do AM, em meados de 2009, sobre a situação da reforma psiquiátrica no nosso Estado, citando  que “o sistema psiquiátrico instalado aqui é o pior do Brasil”.
Associado a essas situação temos o pronunciamento do atual Chefe da Saúde do Estado do Amazonas, no dia 4 de julho do corrente ano, decretou o fechamento do Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro até dezembro de 2011, descentralizando os serviços existentes no ambulatório para policlínicas, assim como a retirada dos pacientes residentes em regime asilar para casas chamadas de residências terapêuticas:
Entretanto, na saúde mental ainda convivemos com:
1-    Números insuficientes de CAPs no município de Manaus. Precisamos pelo menos de mais 10 CAPs, compreendendo  a lógica:  para cada 200mil habitante  um CAPs. Hoje só temos 2.
2-    Longas horas de espera por uma consulta psiquiátrica, situação que se estende a todos os serviços de saúde do Estado do Amazonas, mesmo com o SISREG;
3-    Poucos profissionais especialistas nas redes de assistência em saúde mental; Precisa haver mais contratações de técnicos, via concurso público, principalmente para implantar ambulatórios de saúde mental em policlínicas;
4-    Ainda convivemos com a predominância das práticas psiquiátricas nos serviços, o discurso médico deve dar lugar ao diálogo interdisciplinar, e os tratamentos a lógica do território e inserção social;
5-    Há péssimas condições de trabalho para as equipes de profissionais  no serviço de saúde mental, sofrendo diretamente através da pressão infligida pelos usuários e pela morosidade dos gestores;
6-    Precisa-se discutir a descentralização das medicações, uma vez que o CPER irá fechar, onde os usuários irão pegar seus remédios?
7-    Existe uma grande demanda de usuários que chegam pela Emergência psiquiátrica, ou seja, é quando os usuários chegam em crise, isto é um reflexo da ausência da rede para atuar na prevenção e na intervenção ambulatorial. Como irá ficar esse serviço diante do fechamento do CPER?
8-    Destaco aqui, a morte da paciente, Nazaré Campelo, de 82 anos, que por viver num regime asilar, não pode ser cuidada em suas necessidades físicas, numa instituição que não pode assistir seus idosos;
9-    Falta de respeito aos pacientes que serão beneficiados no  programa de Serviço  residenciais terapêuticos, uma vez que eles não são escutados. Muitos convivem no território do CPER, há mais de 20 anos, e possuem condições de opinar aonde querem morar. Compreendemos que a reforma psiquiátrica é devolver aquilo que lhes foi roubado no período do enclausulamento, A CIDADANIA;
Todas as dificuldades que foram levantadas aqui, me fazem lembrar de uma estória: Havia uma família de 10 pessoas que moravam numa kitnet, eles brigavam por falta de espaço. Um dia alguém sugeriu que colocassem um boi no meio da sala. Resolveram o problema, pois pararam de reclamar uns com os outros para reclamar do boi no meio da sala.
Portanto, senhores e senhoras diante dessa caótica realidade da saúde mental no Estado do Amazonas, como propor um fechamento tão rápido, ao mesmo tempo tão atrasado, de um serviço que ainda não começou a se estruturar. Não seria colocar o boi no meio da sala?

Dia do Psicólogo na ALE

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Dia 29 de agosto de 2011, A Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas promoveu sessão especial para comemorar o dia do Psicólogo, proposta pelo Deputado Luiz Castro. Estiveram presentes a plenária: Deputado Ricardo Nicolau (presidente da Casa), Deputado José Ricardo, Deputado Marcelo Ramos, Deputado Marcos Frota, Deputado Sidnei Leite, Deputado Orlando Cidade, Deputado Josué Neto, Deputado Fausto Souza, Deputado Davi Almeida, Deputado Abdala Fraxe, Deputado  Adjunto Afonso, Deputado Cabo Maciel, Deputado Belarmino Lins, Deputada Conceição Sampaio. Os presentes reconheceram a importância da categoria para a construção de uma sociedade de inclusão onde os cidadãos possam ter acesso aos bens que lhes são de direito. Os representantes do povo comprometeram-se em fazer uma Assembléia convidando os Secretários de Saúde de Estado e Município para um diálogo aberto com a sociedade.

 

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